Após três anos com o carro, cheguei à conclusão de que a decisão de comprar um carro novinho em folha naquela época não tinha sido tão boa quanto parecia. Passaram alguns dias desde esta minha “descoberta” sem que eu decidisse alterar alguma coisa.
Numa manhã, fui às compras com a minha mãe e ao passar junto a um stand de automóveis decidi parar e perguntar se estariam interessados em comprar o meu Ford Fiesta:
– Bom dia, tenho ali (a apontar para a porta da rua), um carro que estou a pensar vender. Quanto me dão pelo carro?
– Bom dia, qual é o carro? – respondeu o dono do stand.
Dirigimo-nos até ao carro e ele verbalizou:
– Eh pahh, normalmente não digo isto, mas o carro parece estar em excelente estado… e tem uma cor muito bonita!
– Sim, eu sempre adorei o carro e tenho-o tratado muito bem. – respondi.
– Estou interessado em comprar-lhe o carro. Por quanto pretende vendê-lo? – perguntou-me o dono do stand.
Disse-lhe o preço que tinha em mente, ele regateou um pouco, negociei um valor superior ao que ele referiu e acabámos por encontrar um valor interessante para ambos.
Vendi o carro.
A minha mãe estava a assistir a tudo, perplexa, enquanto eu me desfazia daquele carro tão precioso e amado como se nunca o tivesse querido na minha vida. Foi memorável… eu com um grande sorriso e ela a tentar encontrar forma de recuperar do choque.
Durante as semanas seguintes procurei um carro para substituir o outro e com o dinheiro que fiz na venda comprei esse carro e ainda me sobrou dinheiro para investir.
Pode parecer uma decisão fria, mas lembre-se de que estava a sentir-me financeiramente sufocado por causa de um carro que não estava a gerar nenhum retorno financeiro. A decisão mais lógica para mim foi vender o carro pelo qual ainda estava a pagar e comprar outro sem esta obrigação. Esta decisão proporcionou-me muito mais liberdade financeira no final de cada mês.
Até hoje, considero que esta foi uma das melhores decisões que tomei, apesar de ter vendido o carro com uma ligeira perda de valor, pois ele havia desvalorizado com o tempo.
Apesar de meu amor pelo carro, esta ação deu-me a liberdade financeira necessária para dar início ao meu sonho de investir e criar meu próprio negócio. A venda do carro foi apenas um sacrifício que tive que fazer para iniciar essa jornada.
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José Prates-Banha
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